O Amor e a Distância

Ora estamos juntos. Ora separados, dois planetas em órbita elíptica, eqüidistantes e eclipsados um pelo outro. Tenho a norma poética de manter distância, já que não podemos colidir. Mas se tu soubesses como te amo, talvez entenderias. Tu, como criança, a brincar de pés descalços no chão empoçado de lama e chuva, tens no peito uma alma que reverbera a pureza que não há numa adulta. Vê em mim, de olho brilhoso, num frenesi a observar teus passos, o que provocas. O ano começa na graça de um Domingo, mas nunca em mim foi tão começo de semana quanto Terça-feira, ver tresloucado e imundo, teu riso soturno e breve. A imagem apenas, de um planeta, que se mantêm distante pela órbita segura da gravidade do problema. Te amo de longe, com erros de gramática e precisões numéricas.
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